O sonho da esquerda para o Regime de Partido Único
Por diversas vezes o candidato da esquerda e ex-presidiário vem dizendo que, se assumir o poder nas eleições presidenciais, já em 2023, implantará um regime de partido único no Brasil, tal como é na China, seu exemplo, que é um país comunista de regime de partido único, que se confunde com a existência do próprio Estado.
Ora, preliminarmente, para que isto aconteça, ele tem que ganhar as eleições no voto e não tomar, como foi dito por um atual ministro do Supremo Tribunal Federal, indicado pelo próprio partido político desse candidato e que assim se manifestou sobre o tema: “eleições não se vencem, se tomam”. Declaração totalmente estapafúrdia e perigosa para uma democracia, principalmente vinda de um ministro da Suprema Corte…
Pois bem! Seja como for, para que isto venha a acontecer, caso ele vença as eleições, terá que ser proposto de imediato uma nova Constituinte, exceto se ele pretende resolver esse tema numa “canetada”, como ele vem insinuando decidir sobre outras questões atuais brasileiras, até porque a Constituição Federal logo no artigo 1º, diz, em síntese, que o Estado Democrático de Direito tem como um dos fundamentos o pluralismo político.
Mas não é só, até porque a Constituição Federal em vigor por diversas vezes fale em liberdade, construção de uma sociedade livre, justa e solidária, e de que todo poder emana do povo, que o exerce por meio de seus representantes eleitos.
O fato é que todo país que mantém o sistema de partido único não tem eleições e o poder não emana do povo, e sim de uma classe elitizada que trabalha diretamente no partido, sem contar que ninguém pode discordar desse partido, aliás, também não existe liberdade de expressão nestes países e qualquer manifestação em sentido contrário você responderá até com a sua própria vida, seja pela lei local ou por milicianos, dependendo do que for falado, o que pressupõe de imediato a inexistência de uma democracia e a presença de uma ditadura.
Então, o que pretende esse candidato? Pois bem, nos seus comícios on-line ou em ambientes fechados, pois ele não sai para as ruas, não se vê uma bandeira brasileira, cantam repetidas vezes um hino da “Internacional Socialista” e não o hino nacional que eles desconsideram, e pregam implicitamente a URSAL – União das Repúblicas Socialistas da América Latina, cujo termo, segundo consta, foi criado por uma socióloga brasileira em 2001 em tom de brincadeira, tanto que é negada pela esquerda brasileira que já se manifestou dizendo que isto não existe, mas falam abertamente na implantação de moeda única para estes países de esquerda da América Latina, considerando a inclusão do Brasil, ou seja, uma certa “união” destas repúblicas ditas “socialistas”, sendo que muitos destes países que já se encontram neste regime estão economicamente arrasados, e se unir a estes países significará o fim do controle de gastos das contas públicas, aliás, como eles afirmam que farão, e a falência do Brasil.
De modo que, muito embora as organizações de movimentos sociais, alguns partidos políticos e grande parte dos educadores já estejam cooptados pela esquerda, ainda representam uma minoria, cuja representatividade, sem dúvida, deve ser respeitada, mas não sobrepondo a vontade da maioria, como deve funcionar em toda democracia sólida com pluralismo de opiniões e com a capacidade da sociedade de identificar e corrigir erros dos seus governantes, sendo o voto o momento glorioso do poder do povo para a sua renovação. Enfim, ao se criar o sistema de partido único nada disso existirá, e o descontente não tem para onde caminhar, exceto para a morte, se permanecer do país. Portanto, pensem bem antes de votar.