Existe autodeterminação dos povos em uma Ditadura?
Evidentemente que NÃO!
Recentemente, numa entrevista na Rede Globo dos presidenciáveis, um ex-presidente ao ser perguntado sobre o porquê ele não se manifesta sobre as ditaduras da esquerda mundial, normalmente carrascas, sombrias e perseguidora dos seus opositores levando-os muitas vezes ao cárcere e a morte, como por exemplo, as ditaduras de países como Venezuela, Nicarágua e Cuba, inclusive, onde já se manifestou favoravelmente a estes regimes autoritários, sendo um grande admirador, em resposta sutil, ele expressou que não interfere na autodeterminação dos povos e, por essa razão, se cala diante de tudo que acontece nestas ditaduras.
Ora, não existe autodeterminação dos povos em uma ditadura, e essa resposta é absolutamente incorreta do ponto de vista conceitual, o que “estranhamente” não foi contestada pela imprensa que o entrevistou.
Pois bem! A definição de autodeterminação dos povos está ligada diretamente a vontade popular, ou seja, quando é conferido aos povos o direito de autogoverno e de decidirem livremente sobre o seu presente e futuro político, bem como também é dado por meio de sua vontade popular o direito de eleger os seus representantes, por meio do voto, o que não acontece nessas ditaduras, ou quando acontecem, são oriundas de eleições fraudulentas tendo como único objetivo a permanência da ditadura e do autoritarismo imposto, de modo que, nestes países, o povo não está se autodeterminando.
Ainda, essa expressão ou princípio autodeterminação dos povos também é utilizado pelos Estados, ou seja, países, pelo direito que tem de se defenderem, garantindo assim a sua existência, independência e soberania, desde que estejam sofrendo ou já sendo vítimas de tais ameaças. Neste sentido, foi utilizado esse princípio em uma carta conhecida como Carta do Atlântico, que foi assinada no ano de 1941 por várias autoridades, entre elas o primeiro-ministro britânico da época, Winston Churchill, e o presidente dos Estados Unidos daquela ocasião (1941), Franklin Roosevelt, cuja carta teve como objetivo torná-la um instrumento de reação às bárbaras invasões cometidas pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
Por fim, o direito à autodeterminação dos povos está previsto na Convenção Internacional sobre Direitos Cívicos e Políticos, e no Artigo 1º da Convenção Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, sendo que ambas afirmam: “Todos os povos têm o direito à sua autodeterminação”. O que é inexistente, por razões óbvias, em países totalitários e governados por tiranos ditadores de esquerda, e que são admirados pelo ex-presidente e atual candidato a Presidência do Brasil. Ou seja, tudo é uma questão de escolha, de modo que, pensem bem antes de votar.

